A Queda do Terreno e a Restauração do Celestial l

A QUEDA DO TERRENO E A RESTAURAÇÃO DO CELESTIAL - l

         Da queda e destruição, passando pelo cativeiro da disciplina, à reconstrução dos pilares para que a glória de Deus pudesse ser novamente manifesta em toda a terra através de um povo escolhido por Deus para isso! Essa é a história de Judá, desde Jeremias, passando por Daniel e Ezequiel, até Esdras e Neemias, e os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Precisamos tirar lições importantes para nossa vida individual e coletiva, como igreja, nesse tempo em que se aproxima a volta do nosso SENHOR.

         Depois da dispersão das dez tribos, o chamado reino de ISRAEL, pela Assíria, o reino de Judá, as duas tribos remanescentes de Judá e Benjamim, ainda ficou de pé por 140 anos, no entanto, não atentou para a disciplina da sua irmã cometendo os mesmos erros: “Quando por causa de tudo isto, por ter cometido adultério, eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio, vi que a falsa Judá, sua irmã, não temeu, mas ela mesmo a se foi e se deu à prostituição” (Jr 3:8). Deus levantou o profeta JEREMIAS para alertar ao povo a respeito de uma disciplina que viria para que esse povo pudesse voltar ao propósito eterno e não mais viver para si mesmo, como as outras nações viviam.

         A carta de divórcio aqui fala a respeito de um povo que já era casado com o Senhor: “Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu sou o vosso esposo…”(Jr 3:14). O Senhor já havia escolhido Israel como o seu povo, sua esposa, o que nos ensina que essa conversão aqui demandada por Deus não era uma conversão do mundo, pois eles já tinha sido tirados do Egito; no Sinai, esse casamento foi estabelecido. Do que seria então essa conversão? A resposta é: eles precisavam se converter deles mesmos. A autossuficiência, a confiança em si mesmo, o abandono da dependência do SENHOR era visível. Não descansavam mais em Deus, confiavam em si mesmos. Esta talvez seja a conversão mais difícil, abrir mão do governo da sua própria vida: “Eu sei, ó SENHOR, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem dirigir os seus passos” (Jr 10:23).

         Quando o Senhor salvou o povo de Israel do Egito, os seus primogênitos, imediatamente enfatizou que essa salvação era para que este povo fosse integralmente Dele. Deus não nos salva para nós mesmos: “Naquele mesmo dia, tirou o SENHOR os filhos de Israel do Egito, segundo as suas turmas. Disse o SENHOR a Moisés: Santifica-me todo primogênito; todo o que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto homens, como de animais, É MEU.” (Ex 12:51; Ex 13:1-2). Mais tarde Paulo vai nos escrever algo precioso: “Nenhum de nós vive para si, e nenhum de vós morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte, que, quer vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14:7-8).

            A forma de Deus converter o seu povo então passou a ser a destruição total da velha construção que não refletia mais a glória de Deus, mas somente os inúteis sucessos humanos, levando o povo a uma falsa sensação de cumprimento do dever, “Como podes dizer: Não estou maculada, não andei após os baalins? Vê o teu rastro no vale, reconhece o que fizeste …” (Jr 2:24), para uma construção verdadeira onde a glória do SENHOR seria novamente exaltada. Deus estava ali acabando com a arrogância dos planos humanos. Através da Babilônia, Deus esvaziaria o seu povo de si mesmo por setenta anos, para enfim, trazê-lo de volta, reconstruindo uma nova Casa e Cidade onde a glória de Deus teria novamente o seu lugar. Que possamos reconhecer a necessidade de viver essa linda experiência de retorno ao centro da vontade do SENHOR. Que o terreno caia e o celestial se levante!
Continua…

Pr Marcos Reis


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