A Queda do Terreno e Restauração do Celestial ll

A QUEDA DO TERRENO E A RESTAURAÇÃO DO CELESTIAL -  II

 A queda de Judá, profetizada por Jeremias, tinha por objetivo trazer disciplina a uma nação que estava tomada pela arrogância e autossuficiência e, mesmo assim, não se sentiam culpados, continuavam a cultuar o SENHOR normalmente. Jamais confessariam isso, mas na verdade, não buscavam mais a glória de Deus, buscavam a sua própria glória, o governo de si mesmo: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:23-24). Deus precisava ensiná-los o quão inútil é a confiança no braço humano e que guiar-se pelo próprio coração é a pior coisa que alguém pode fazer: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no próprio homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR… Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:5,9). 

 A nação se recusava a ouvir o Senhor, o culto seguia normalmente ao ponto da disciplina tornar-se obrigatória: “… os vossos holocaustos não me são aprazíveis e os vossos sacrifícios não me agradam” (Jr 6:20). O ensino aqui é fazer o povo compreender que DEUS só tem compromisso em atender o que é gerado por Ele mesmo: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiseres e vos será feito” (Jo 15:7). Fora da vontade e do governo Dele, absolutamente tudo, até mesmo as coisas supostamente "boas", é inútil. Toda glória humana é maligna; o diabo não precisa ser adorado e nem nos governar diretamente, basta que nós mesmos façamos isso: “Agora, entretanto, vos vangloriais das vossas arrogantes pretensões. Toda vanglória semelhante e essa é maligna” (Tg 4:16). 

 A medida havia se enchido porque mesmo vivendo assim, não conseguiam se ver como culpados: “Por que nos ameaça o SENHOR com todo esse mal? Qual a nossa iniquidade, qual é o nosso pecado, que cometemos contra o Senhor nosso Deus? (Jr 16:10), recusavam-se a ouvir a voz de Deus: “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, andai por ele e achareis descanso para vossa alma, mas eles dizem: Não andaremos. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta, mas eles dizem: Não escutaremos. (Jr 6:16-17). Só restava a disciplina e ela precisava ser aceita a fim de que a presença de Deus não se afastasse do povo: “Aceita a disciplina, ó Jerusalém, para que eu não me aparte de ti” (Jr 6:8). 

 Com todo esse cenário, o que tornava que a luta fosse ainda mais intensa, era a existência de vários falsos profetas, que afagavam o povo na sua má conduta: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra, os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e o meu povo se agrada disso. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5:3031). Deus prometeu que abalaria essa estrutura para que tudo o que fosse falso caísse por terra, a fim de que o verdadeiro se manifestasse. E assim precisamos entender hoje. Quanta coisa temos visto na igreja de Cristo que se assemelha ao cenário que viveu Judá. Entender e se alegrar com o que o Senhor está fazendo cair, tanto na igreja do SENHOR, como, principalmente nas nossas vidas individuais, é a chave para participar desse grande mover que Deus está trazendo nesse último tempo. Que o terreno caia, e o celestial se levante.  

Continua…

Pr Marcos Reis


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